Escola de Ribeira do Pombal-BA, se destaca como uma das melhores da Bahia

Numa matéria divulgada pela Coluna “Muito”, do jornal A TARDE, noticiário de grande circulação em todo o Estado da Bahia, a Escola Municipal Plácido Pita, de Ribeira do Pombal-BA, foi relacionada entre as quatro melhores Instituições de ensino do Estado.

A afirmação tem como base o desempenho na avaliação do IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Desta forma, a escola pombalense pode ser considerada a segunda melhor instituição de ensino, tendo em vista que recebeu nota 7,6, ficando atrás apenas da Escola Municipal João Francisco dos Santos, em Mata de São João, que obteve nota 7,8.

O destaque da coluna MUITO foi justamente porque o Brasil tem como meta, que todos os estabelecimentos de ensino alcancem no mínimo a nota 6,0, até 2022, sendo que quatro escolas superaram, chegando a um número maior que 7,0. A Plácido Pitta, superou também a média municipal (5,5), e a média estadual (4,7).

Ainda durante a matéria, o jornal conta um pouco sobre receita de sucesso da escola que nasceu há 30 anos, por iniciativa da Igreja Adventista do 7º dia, e que há 17 anos foi municipalizada, mantendo o nível de qualidade de ensino, que explica a razão pela qual longas filas são formadas nos períodos de matrículas. Confira o trecho que fala sobre a Escola Municipal Plácido Pita:

Família presente

No meio da rua, no centro de Ribeira do Pombal, a 290 km de Salvador, já dá para ouvir o barulho das crianças brincando na Escola Plácido Pita. É hora do recreio, e elas espalham-se pelo pátio, enquanto alguns ainda comem o bolo de chocolate do lanche.

A escola foi criada há 30 anos por uma igreja adventista. Há 17, foi municipalizada. Não carrega mais a religião no nome, mas muitos na cidade ainda a conhecessem assim. Não à toa, Deus é a primeira palavra dita pela diretora Jodailza Almeida, à frente da Plácido Pita há 14 anos, para explicar os resultados alcançados pela escola no último Ideb, 7,6 (a média da cidade foi 5,5). “A gente convida Deus para estar conosco. Não trabalhamos religião, mas valores”. 

Diz, logo depois, que a presença da família faz a diferença. Um dos projetos mantidos pela escola é o Família Também Conta História. Funciona assim: a criança leva um livro para casa numa maletinha e no dia combinado vai contá-la com os pais para toda a turma. Neste ano, quase 100% dos pais já compareceram. Quem fica com vergonha pode, ao invés de ler, fazer a receita de um prato. É uma maneira de os estudantes aprenderem sobre outro gênero de leitura.

Os alunos também costumam fazer intercâmbios de histórias com estudantes de outras turmas. Ayrton Kevin, 8, já está tão à vontade com a prática que na hora de fazer a leitura dá uma paradinha a cada página para mostrar as imagens do livro aos colegas, como um pequeno professor.  

A fama da escola é tanta que na época da matrícula faz fila na porta por um, dois dias. Os estudantes entram lá apenas no 1º ano e ficam até o 5º. A professora do último ano do ensino fundamental 1, Ednir Marques, ficou superpreocupada quando recebeu pela primeira vez a missão de preparar os alunos para as provas do Ideb, em 2009. “Achei que era um bichinho de sete cabeças. Agora, já relaxei. Mesmo porque a nota não vem de um único ano, mas das sementes que foram plantadas ao longo de muito tempo”. 

Por ali, a regra é que nenhum professor passe problema de um ano para o outro. Quando qualquer dificuldade aparece, é preciso sentar com a coordenação pedagógica para buscar soluções e resolver as dificuldades de aprendizagem. E se a escola não der conta, pode recorrer ainda ao Centro Multidisciplinar de Apoio Pedagógico e Psicossocial (Cemap), inaugurado em setembro pela prefeitura, que reúne psicólogos e psicopedagogos. 

Os alunos de Ednir hoje gostam igualmente de português e de matemática, disciplina que lhe arrancava lágrimas quando era estudante. Queria ter aprendido a fazer conta do jeito que ensina hoje. Com jogos, brincadeiras, encontros com a vida real. Outro dia, um aluno seu perguntou apressado que dia iriam aprender porcentagem. Ela pediu que esperasse, uma coisa de cada vez, mas o menino respondeu que iria se adiantar e ver alguns vídeos no YouTube. 

Nos últimos meses, Ednir, que dá aulas há 18 anos, afastou-se da escola para cuidar da saúde. Uma aluna a encontrou por acaso e foi logo dizendo: “Pró, você tá doente, precisa de cuidado. Eu vou levar você para a minha casa”. Ela chora contando o caso. “A principal peça disso tudo é o aluno.  Eu sou uma leoa em relação a eles. Ano passado, me chamavam de fofis. Este ano, já sou mamis. Não tive filhos, mas sou mamis. Isso é meu orgulho maior”. 

Ela ainda está decidindo se vai conseguir cumprir o atestado médico. Outro dia, quando perambulava pela Plácido Pita, ouviu que era a “Disney World da escola”. No seu mundo mágico, ela escolheu acreditar sempre em todos os alunos. “Se o professor sai da zona de acreditar, não pode mais estar na sala de aula”.

Trecho retirado na Coluna Muito, A Tarde

Redação: Portal Alerta

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