Jovens da zona rural de Uauá produzem picolés e sorvetes com frutas da Caatinga

Um grupo formado basicamente por jovens de Lajes das Aroeiras, zona rural de Uauá, no norte da Bahia, está produzindo na própria comunidade diferentes sabores de sorvetes e picolés feitos a partir de frutas típicas da caatinga como umbu, maracujá do mato e licuri. Para muitos deles, a ideia que possibilita a geração de renda está sendo a realização de um sonho, principalmente depois que o trabalho de produção de sucos e doces de umbu e de outras frutas, que era forte na comunidade, diminuiu bastante, deixando os jovens desanimados.

Os picolés e sorvetes são fabricados em uma agroindústria reivindicada pela Associação Comunitária de Lajes das Aroeiras. O local, que foi totalmente reformado e equipado, faz parte de um projeto apoiado pela Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc) e contou com aporte do Projeto Pró-Semiárido, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado Bahia (SDR). Os recursos para execução das ações do Pró-Semiárido são frutos de Acordo de Empréstimo contraídos pelo Governo da Bahia junto ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

(Foto: Agência Chocalho/Divulgação)

Atualmente, toda a matéria-prima vem da fábrica da Coopercuc, localizada em Uauá, e que fornece as polpas a serem transformadas em sorvetes e picolés. Essa parceira se faz necessária porque as polpas da cooperativa estão dentro dos padrões exigidos pela legislação que regula a produção de alimentos. A entidade também disponibiliza para o empreendimento dos jovens a marca “Gravatero”, também devidamente registrada, e assim favorece na padronização dos produtos.

Os membros do grupo de produção local reconhecem a importância do apoio da Coopercuc, mas dizem que logo devem assumir mais o processo, tanto de produção como de gestão – inclusive já elaboraram um Plano de Negócio. Com isso eles pretendem estruturar e ampliar a comercialização dos picolés e sorvetes em diversos mercados e espaços da região, como em feiras de exposições, campeonatos esportivos e eventos culturais e religiosos. A intenção é que mais pessoas conheçam o quanto os frutos e sabores da caatinga geram oportunidades para o povo da região, inclusive para os jovens.

Fonte: Gazeta do Mel

Com informações: carlosbritto.com

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