Após desistência de Renan e duas votações, Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado em 1º turno

Senador do Amapá recebeu 42 votos, um a mais que o mínimo necessário para vencer no 1º turno. Com o resultado, DEM passa a deter o comando de Senado e Câmara.

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), 41 anos, se elegeu presidente do Senado neste sábado (2) ao obter 42 votos, um a mais que os 41 necessários para um candidato ganhar no primeiro turno. Dos 81 senadores, votaram 77.

É a segunda vez que o MDB perde uma eleição para a presidência do Senado desde o fim da ditadura. Renan Calheiros (MDB-AL) buscava se tornar presidente da Casa pela quinta vez. Mas abandonou a candidatura durante a eleição por entender o processo “deslegitimado”.

Com a vitória de Alcolumbre, o DEM passa a comandar o Senado Federal e a Câmara dos Deputados – nesta sexta-feira (1º), Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reeleito presidente da Câmara, também em primeiro turno.

O resultado da eleição no Senado foi o seguinte:

  • Davi Alcolumbre(DEM-AP) – 42 votos
  • Esperidião Amin(PP-SC) – 13 votos
  • Angelo Coronel (PSD-BA) – 8 votos
  • Reguffe (sem partido-DF) – 6 votos
  • Renan Calheiros(MDB-AL) – 5 votos
  • Fernando Collor(Pros-AL) – 3 votos

A vitória de Davi Alcolumbre foi precedida de:

  • aprovação de voto aberto na sessão de sexta-feira
  • decisão do presidente do STFque determinou eleição com voto secreto
  • desistência de três candidatos a presidente do Senado
  • anulação da primeira votaçãoporque havia na urna 82 votos de 81 senadores
  • retirada da candidatura pelo senador RenanCalheiros

Logo após o anúncio da vitória, Davi Alcolumbre assumiu a cadeira de presidente. Ele cumprimentou todos os concorrentes, inclusive Renan Calheiros. Disse que dará ao rival o mesmo tratamento conferido aos demais colegas.

“Quero dizer ao senador Renan Calheiros que terá dessa presidência o mesmo tratamento que todos os partidos devem ter”, afirmou.

O novo presidente do Senado destacou a importância de “reunificar” a Casa e afirmou que não conduzirá os trabalhos com “revanchismo”. Segundo ele, a condição de adversários é “passageira”, enquanto as instituições são permanentes.

“Deixo claro também que não conduzirei um Senado de revanchismo. Os meus adversários terão, todos eles, de minha parte, pujante disposição para o diálogo e cooperação”, declarou.

Alcolumbre declarou que, a depender da condução dele, a sessão na qual se elegeu presidente terá sido a “derradeira sessão do segredismo, do conforto enganoso do voto secreto”.

O parlamentar afirmou que na Casa não haverá senadores de alto ou de baixo clero. “Todos serão tratados com a mais absoluta deferência e respeito”, garantiu.

Alcolumbre pediu “desculpas pelos ultrajes que apequenaram o Senado” e disse que terá “grande espírito público” na função de presidente.

“Espero deixar esta Casa com o país retomando os trilhos, enfrentando as reformas complexas com a urgência que nosso país reclama”, declarou.

Fonte: Gazeta do Mel

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