Presos militares acusados de participação em morte de capitão na Venezuela

Rafael Acosta Arévalo estava preso por supostamente tramar golpe contra regime de Nicolás Maduro. Opositores ao regime chavista disseram que o capitão de corveta sofreu tortura.

Dois militares foram apresentados à Justiça na Venezuela nesta segunda-feira (1º) acusados de participar da morte do capitão de corveta Rafael Acosta Arévalo. Ele morreu na madrugada de sábado sob custódia do regime de Nicolás Maduro, e opositores ao chavismo alegam que ele sofreu tortura.

O Ministério Público venezuelano solicitou prisão preventiva dos militares Antonio Tarascio e de Estiben José Zarate após encontrar indícios de participação na morte de Acosta.

De acordo com agência France Presse, ambos estão presos na sede da Direção Nacional de Contra-Inteligência Militar (DGCIM) em Caracas – mesmo local onde o capitão de corveta morto estava preso.

No domingo, os países integrantes do Grupo de Lima – entre eles o Brasil – divulgaram nota em repúdio à morte de Acosta Arévalo e apontaram “sinais de tortura” no militar. Os Estados Unidos e a União Europeia também cobraram explicações.

Quem era Rafael Acosta Arévalo?

Rafael Acosta Arévalo, militar venezuelano morto dias depois de ser preso. Oposição ao chavismo afirma que ele sofreu tortura — Foto: @jguaido/Reprodução/Twitter

Acosta Arévalo estava na lista de civis e militares detidos pelo regime de Nicolás Maduro por supostamente tramarem um golpe contra o chavismo, sob liderança do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.

No sábado, oposicionistas e familiares do militar morto denunciaram que ele sofreu tortura na prisão. Segundo relatos, Acosta sequer conseguia ficar de pé no tribunal, durante audiência na sexta-feira.

Em outubro do ano passado, o vereador Fernando Albán morreu ao cair do décimo andar da direção do Serviço de Inteligência. O governo garante que ele se suicidou, mas a oposição denuncia que foi jogado após falecer durante sessão de tortura em um interrogatório.

Condenando a “violência”, Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Constituinte – parlamento paralelo apoiador de Maduro –, assegurou nesta segunda-feira que “nenhuma destas atuações irregulares ficará impune”.

“Mais de cem funcionários venezuelanos estão à disposição dos tribunais por uso excessivo da violência”, disse Cabello, considerado o número dois do chavismo.

Fonte: G1

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