Após 16 anos Açude de Adustina (BA) volta a transbordar

O açude público de Adustina-BA construído na década de 60 e responsável pela oferta de água e peixes para as comunidades de Bom Jesus e Bela Vista, no norte do estado, sofreu bastante com a estiagem da região atingindo o nível mais crítico de sua história, tornando-se completamente seco por um bom tempo. 

Os efeitos da seca o castigaram centenas de peixes morreram por conta da forte estiagem no açude da região. Construído pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), o açude é o sustento de muitas famílias da região.

Devido à forte seca, as águas desapareceram e a lama tomou conta do local. Com isso, o pouco volume de água não sustentou a oxigenação dos peixes que acabaram morrendo. Esse momento histórico os adustinenses nunca irão esquecer, momento que chamou atenção até mesmo da imprensa nacional.

Sebastião José dos Santos, de 70 anos, acompanhou boa parte da construção do açude e trabalhou no DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca) entre 1963 e 1967, está convencido de que o açude chegou à situação crítica também por culpa da falta de manutenção.

Peixes morreram em decorrência da falta de oxigênio na água

No último domingo, 26, com as chuvas que caíram em solo adustinense, a esperança renasceu nos corações dos sertanejos.

A sangria do açude é a certeza de que não haverá sede nem fome em uma das cidades mais secas da Bahia. Pequenos e grandes produtores rurais da área voltam a ter confiança de aumentar os rebanhos e plantações, a pesca se fortalece e uma cadeia de consequências positivas. O povo sertanejo volta a se sentir alegre e ganha força vital.

População se fez  presente para prestigiar o açude transbordando

É assim que os mais de 17 mil habitantes de Adustina se sentem desde o domingo (26), quando o açude público após 16 anos da última enchente, transbordou. Mesmo em momento da Pandemia do Coronavírus, a população compareceu para registrar esse momento marcante.

O açude público de Adustina foi construído na década de 60 e sua obra durou cerca de 10 anos. Hoje encontra-se completamente cheio. Quando muitos acreditavam que não iriam vê este transbordar, Deus mostra que ele é o único soberano capaz de tudo, o Deus do impossível.

Fonte: Rodrygo Ferraz
#fiqueemcasa

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