Operação Placebo: STJ pede apuração sobre suposto vazamento de ação contra Witzel

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves solicitou ao Ministério Público Federal que apure o suposto vazamento de informações da operação deflagrada pela Polícia Federal na última terça-feira (26) tendo o governador do Rio, Wilson Witzel, como um dos alvos. O pedido foi feito na manhã desta quarta-feira (27).

A informação foi divulgada pelo STJ. Segundo o ministro, caso haja confirmação de vazamento da operação “seria necessário responsabilizar penalmente o autor da conduta ilícita, como forma de não prejudicar a integridade das instituições”.

As suspeitas de vazamento foram levantadas por na véspera da ação da PF a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) ter afirmado em entrevista à Rádio Gaúcha que seriam realizadas operações contra governadores por desvio de recursos em contratações relativas ao combate à Covid-19. A parlamentar nega ter tido acesso a qualquer informação privilegiada.

“A gente já teve algumas operações da Polícia Federal que estavam ali, na agulha, para sair, mas não saíam. E a gente deve ter, nos próximos meses, o que a gente vai chamar, talvez, de ‘Covidão’ ou de… Não sei qual vai ser o nome que eles vão dar. Mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”, disse Zambelli na entrevista.

Witzel nega acusações

Em pronunciamento na tarde desta terça-feira (26), Witzel se disse vítima de “perseguição política” e afirmou que a ação da Polícia Federal pode ocorrer com “governadores considerados inimigos” do governo federal.

“Quero manifestar minha absoluta indignação com o ato de violência que o estado democrático de direito sofreu. Eu tenho todo respeito ao ministro Benedito, mas a narrativa que foi levada ao ministro Benedito é fantasiosa. Não vão conseguir colocar em mim o rótulo da corrupção”.

O governador fluminense também atacou a família Bolsonaro, em especial o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente.

“Ao contrário do que se vê na família do presidente Bolsonaro, a família engaveta inquéritos, vaza informações. O senador Flávio Bolsonaro, com todas as provas que temos contra ele, já devia estar preso. Este sim. A polícia federal deveria fazer o seu trabalho com a mesma serenidade que passou a fazer no Rio de Janeiro porque o presidente acredita que estou perseguindo a família, e ele acredita que a única alternativa é me perseguir politicamente”.

Fonte: Yahoo Notícias

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