Queiroga tenta justificar fala antimáscara de Bolsonaro: “Quer atrair a atenção da sociedade”

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, contradisse a afirmação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre as máscaras. Enquanto o presidente afirmou que o equipamento de proteção individual já poderia ser dispensado por quem se vacinou contra a covid-19 ou por quem já contraiu a doença, Queiroga reforçou a importância da máscara no ponto que o Brasil está hoje.
Segundo o ministro, Bolsonaro pediu que a pasta fizesse um estudo para saber quando a população brasileira poderia deixar de usar máscaras em locais públicos.
“Quando o presidente, de maneira muito eficiente, chama atenção desse ponto das máscaras, o que ele está querendo é atrair a atenção da sociedade para que se instigue o espírito de investigação dos pesquisadores”, disse Queiroga em entrevista à RedeTV.
Sem contradizer Jair Bolsonaro de forma explícita, Marcelo Queiroga reforçou a importância das medidas não-farmacológicas. “Neste momento, é importante usar [máscara]. Quando tivermos uma população com um percentual maior de vacinados, como está acontecendo nos EUA, as máscaras serão abandonadas.”
Ao comentar sobre a realização da Copa América no país, Queiroga reforçou que os protocolos serão seguros, porque os atletas usarão máscaras e respeitarão o isolamento social quando estiverem fora de campo.
“Há um programa de testagem bem consolidado. Os atletas só entram no Brasil com RT-PCR negativo. Saem do avião para o ônibus usando proteção individual. Nos hotéis, os quartos são individuais, com refeições nos quartos. Há segurança para realizar a Copa América no Brasil”, explicou.
Vacinação no Brasil
Sobre a vacinação contra a covid-19 no Brasil, Queiroga disse que o presidente da República está “muito animado” com a campanha de imunização. Apesar de já estar dentro da idade permitida, Jair Bolsonaro ainda não se vacinou contra o coronavírus.
“Já distribuímos mais de 100 milhões de doses. O número de pessoas que tomaram a 1ª e a 2ª é crescente. A previsão é que até o fim do ano nós tenhamos vacinado toda a população brasileira maior de 18 anos”, reafirmou Queiroga.
Marcelo Queiroga também reafirmou que as vacinas utilizadas no Brasil são seguras e têm resultado. “É preciso verificar a efetividade. Por isso há estudos, como em Botucatu. Por isso, nós esperamos que tragam resultados auspiciosos em relação à vacina da Oxford/AstraZeneca, produzida na Fiocruz”, apontou.
Fonte: Yahoo Notícias