Decisão de Skaf de adiar manifesto causa mal-estar entre empresários e industriários

Empresários e industriários assinaram manifesto sobre crise política no país; Paulo Skaf (esq.) estava recolhendo assinaturas
A informação de que o manifesto de associações empresariais pedindo harmonia entre os poderes seria adiado pegou os signatários do documento de surpresa.
Dirigentes de associações setoriais souberam da atitude, tida como um recuo diante da pressão do governo Bolsonaro, pela imprensa
A notícia de que o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, adiou a publicação do manifesto sobre a crise política no país, previsto para esta terça-feira (31), gerou bastante incômodo entre empresários e industriais.
A atitude não foi oficialmente comunicada aos cerca de 200 signatários do documento. Eles ficaram sabendo do recuo pela imprensa, o que gerou mal estar no setor privado.
Skaf, que sempre se mostrou próximo ao bolsonarismo, foi um dos organizadores do manifesto e trabalhou colhendo assinaturas para o documento, intitulado “A Praça é dos Três Poderes”. Ele deixa o comando da maior entidade industrial do país em quatro meses.
A decisão de adiar a publicação do documento partiu exclusivamente de Skaf, de acordo com dirigentes de grandes entidades setoriais ouvidos pelo jornal O Globo.
O recuo teria ocorrido após conversa do presidente da Fiesp com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e em meio à pressão do governo federal, por meio dos bancos públicos BB e Caixa Econômica Federal, sobre a Febraban, uma das entidades que articulou o documento.
Fonte: Metro1