‘Coisa de preto né’: Vereador de SP é acusado de racismo em áudio vazado na Câmara

O vereador Camilo Cristófaro (PSB-SP) é alvo de uma denúncia de racismo após um áudio vazado durante uma sessão legislativa da Câmara de São Paulo. No áudio, Cristófaro diz: “Não lava nem a calçada, é coisa de preto, né?”.

A declaração foi feita durante a sessão da CPI dos Aplicativos, na Câmara Municipal. Assista:

Logo após a fala vazada de Camilo Cristófaro, o presidente da CPI, Adilson Amadeu (União Brasil) pediu que o som fosse desligado, em referência aos vereadores que participavam de forma remota. A vereadora Luana Alves de opõe ao pedido e, em seguida, a sessão é suspensa.

A vereadora Luana Alves já adiantou que entrará com uma representação na corregedoria da Câmara para que Cristófaro seja investigado pela casa. “Na hora, a gente fica muito surpresa, muito doída, mas, infelizmente, não é a primeira vez que acontece na Câmara Municipal de São Paulo. E nós, o nosso mandato, estará entrando na Corregedoria buscando a punição deste vereador”, declarou a vereadora à reportagem. “A gente não admite fala, comportamento racista, em especial na casa do povo, em especial a população negra e trabalhadora de São Paulo.”

A reportagem entrou em contato com o vereador Camilo Cristófaro, mas não obteve resposta até a publicação.

Em nota, o presidente da Câmara, Milton Leite, lamentou o episódio e prometeu que o caso será apurado pela corregedoria. “É com uma indignação imensa que lamento mais uma denúncia de episódio racista dentro da Câmara de Vereadores de São Paulo, local democrático, livre e que acolhe a todos”, afirmou. “Como negro e presidente da Câmara tenho lutado com todas as forças contra o racismo, crime que insiste em ser cometido dentro de uma Casa de Leis e fora dela também. O caso será apurado pela Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo.”

Outra acusação por racismo

Em 2019, o vereador Camilo Cristófaro protagonizou outro caso de racismo na Câmara Municipal de São Paulo. Na ocasião, ele chamou Fernando Holiday de “macaco de auditório”.

“Gostaria de falar que lamentavelmente o senhor Fernando Holiday usa as redes sociais, que ele é o grande macaco de auditório das redes sociais”, declarou em 2019, no plenário da casa. Na época, Holiday também acusou Cristófaro de ter dito que ele precisava “comer banana”.

Após a declaração, Camilo Cristófaro disse à Folha de S. Paulo que não quis ofender o colega. “Não vem me chamar de vagabundo. Para mim, é macaco de auditório do Chacrinha. Só quer aparecer. Racista? Ele diz isso para aparecer. Tenho branco, preto, índio e japonês no meu gabinete. Isso é conversa para boi dormir”, disse o vereador na ocasião.

Em nota, o presidente da Câmara, Milton Leite, lamentou o episódio e prometeu que o caso será apurado pela corregedoria. “É com uma indignação imensa que lamento mais uma denúncia de episódio racista dentro da Câmara de Vereadores de São Paulo, local democrático, livre e que acolhe a todos”, afirmou. “Como negro e presidente da Câmara tenho lutado com todas as forças contra o racismo, crime que insiste em ser cometido dentro de uma Casa de Leis e fora dela também. O caso será apurado pela Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo.”

Fonte: Yahoo Notícias

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