Movimentação de Cid supera R$ 8 milhões em 3 anos; advogado cita venda de imóvel

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, movimentou R$ 8,3 milhões em suas contas bancárias entre janeiro 2020 e maio de 2023.

O valor supera seus rendimentos, aponta relatório produzido pela Receita Federal e enviado à CPMI do 8 de janeiro.

Cid também transacionou outros R$ 2,4 milhões como procurador do ex-presidente Jair Bolsonaro entre janeiro de 2020 e dezembro de 2022.

Os documentos foram revelados pelo jornal O Estado de São Paulo e confirmados pela CNN.

Procurado pela CNN, o advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, nega que seu cliente tenha movimentado valores tão altos.

O advogado afirma que os números são pelo menos da metade disso e que decorrem da venda de um imóvel.

De acordo com o relatório de movimentação financeira produzido pela Receita Federal, entraram nas contas correntes e poupança do ex-ajudante de ordens R$ 4,5 milhões em três anos e saíram R$ 3,8 milhões.

Os créditos e débitos mensais giram em torno de R$ 24 mil e R$ 517 mil.

Os valores mais altos foram registrados em março de 2020, quando entraram R$ 1,29 milhão e saíram R$ 1,28 milhão.

Também foram movimentados volumes importantes de recursos entre maio de 2022 e agosto de 2022, próximos a R$ 500 mil mensais.

Os valores são bastante superiores à renda de Cid como coronel do Exército e funcionário da Presidência da República na época.

As declarações de renda do ex-ajudante de ordens, também à disposição da CPMI, revelam créditos de R$ 956,7 mil entre 2020 e 2022 dessas duas fontes pagadoras.

Cid é investigado pela Polícia Federal como o possível operador de um esquema de venda de presentes recebidos por autoridades estrangeiras pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O pai dele, o general Mauro Lorena Cid, seria o responsável pela venda dos produtos nos Estados Unidos.

Também faz parte da documentação enviada à CPMI o relatório de movimentação financeira de Cid como procurador do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre janeiro de 2020 e dezembro de 2022, o ex-ajudante de ordens depositou R$ 1,18 milhão nas contas de Bolsonaro e retirou outros R$ 1,26 milhão.

Cid costumava pagar as contas da família Bolsonaro e tinha acesso ao cartão do presidente.

Procurada, a defesa de Bolsonaro ainda não se manifestou.

Fonte: CNN

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