Polícia diz ter identificado dois suspeitos do assassinato de ex-delegado-geral de São Paulo

Investigação aponta digitais em carro abandonado e pede prisão de dois homens ligados ao ataque em Praia Grande
A Polícia de São Paulo identificou e pediu a prisão de dois suspeitos de envolvimento na morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, assassinado em uma emboscada em Praia Grande, no litoral paulista. Ele ocupava o cargo de secretário de Administração do município e foi atacado logo após sair do trabalho.

O crime aconteceu de forma planejada. Câmeras de segurança registraram o momento em que os criminosos aguardaram a vítima por 14 minutos em uma rua da cidade. ]
Quando o carro de Fontes se aproximou, os suspeitos abriram fogo. Mesmo ferido, o ex-delegado conseguiu dirigir por cerca de 400 metros, mas perdeu o controle do veículo após colidir com um ônibus. Em seguida, os atiradores desceram e fizeram novos disparos.
Vítimas colaterais e perícia
No local, a Polícia Científica identificou ao menos oito marcas de tiros em um portão. Duas pessoas que passavam pela rua foram atingidas: um jovem de 20 anos, que havia saído recentemente da prisão, sofreu ferimentos graves na perna e deve passar por cirurgia; a tia dele também foi baleada na perna, mas ambos não correm risco de vida.
Os investigadores localizaram dois veículos usados pelos criminosos. Um foi incendiado próximo à rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em ponto estratégico para a fuga. No outro carro, abandonado, a perícia encontrou digitais que permitiram a identificação dos dois suspeitos, um deles com histórico de crimes por tráfico e roubo.
Linha de investigação e hipóteses
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que não há conclusões definitivas sobre a motivação do crime. Entre as hipóteses investigadas estão uma possível retaliação do crime organizado, já que Ruy Ferraz Fontes teve papel importante no combate ao PCC, e também sua atuação recente como secretário municipal em Praia Grande.
“Todas as hipóteses estão sendo colocadas à mesa e, assim que tivermos todas as peças do quebra-cabeça, poderemos afirmar com certeza a motivação do crime”, disse Derrite.
Fontes, que morreu no local, fez carreira no combate ao crime organizado em São Paulo e foi o primeiro delegado a atuar de forma incisiva contra a facção criminosa PCC no estado.
Fonte: Band



