Lula diz que melhor palavra para descrever o que ocorre em Gaza é genocídio

Presidente diz que Brasil condena Hamas, mas que direito de defesa não autoriza matança indiscriminada de civis

Lula fala durante conferência sobre solução de dois Estados na ONU  • UN Web TV

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta segunda-feira (22) que a melhor palavra que pode descrever o que ocorre na Faixa de Gaza é “genocídio”.

A declaração foi feita durante conferência para a solução de dois Estados — que visa a coexistência pacífica entre um Estado palestino e o Estado israelense — na sede da ONU, em Nova York.

“Como apontou a comissão de inquérito sobre os territórios palestinos ocupados, não há palavra mais apropriada para descrever o que está ocorrendo em Gaza do que genocídio”, disse o presidente.

Lula fez referência a uma investigação independente da ONU que concluiu que Israel cometeu genocídio contra os palestinos em Gaza.

Durante o discurso, Lula ressaltou que os atos terroristas cometidos pelo Hamas são inaceitáveis e que o Brasil foi “enfático ao condená-los”.

Entretanto, o petista reforçou que o direito à defesa de Israel não autoriza a “matança indiscriminada de civis”.

“O que está acontecendo em Gaza não é só o extermínio do povo palestino, mas tentativa de aniquilamento do seu sonho de nação”, comentou.

Conferência para solução de dois Estados

A reunião na sede da ONU foi presidida por Arábia Saudita e França, país que reconheceu o Estado palestino no discurso de abertura. Outro país a fazer isso no evento foi Mônaco.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, também se pronunciou na conferência, pedindo por um cessar-fogo imediato e permanente e a libertação de todos os reféns do Hamas, destacando que nada pode justificar o ataque de 7 de outubro de 2023.

“Sem dois Estados, não haverá paz no Oriente Médio, e o radicalismo se espalhará pelo mundo”, afirmou.

Israel e EUA boicotam reunião

A ausência de duas delegações chamou atenção durante a conferência: Israel e Estados Unidos.

O embaixador israelense na ONU havia anunciado que os dois países boicotariam o encontro, chamando a reunião de “circo”.

Fonte: CNN Brasil

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