Cortejo faz homenagem a Orlando Tapajós no centro de Salvador-BA

Um cortejo com trios faz mais uma homenagem a Orlando Tapajó desde o início da tarde desta segunda-feira, 18. O ponto de partida do desfile fúnebre foi o Palácio do Rio Branco, onde o corpo dele era velado desde domingo, 17.
Logo depois, o caixão foi colocado no carro do Corpo de Bombeiros e segue pelo centro de Salvador, passando pela rua Carlos Gomes, que no Carnaval se torna um dos circuitos mais importante da folia de Momo, uma das paixões de Tapajós. O carnavalesco morreu na noite deste sábado, 16, por volta das 22h50.
O cortejo dará a volta na Casa D’Itália e retornará à praça Carlos Alves. No local, haverá outra reverência feita com trios elétricos. Os irmãos Armandinho, Betinho, Aroldo e André Macêdo – filhos dos criadores do trio elétrico Dodô e Osmar e que estão em um trio que acompanha o desfile – dão o último adeus a Tapajós, junto com familiares do construtor de trios com mais notoriedade na Bahia.
O músico Armandinho toca sob forte emoção. “Ele representava alegria e essa é a melhor maneira de se despedir dele”, disse o artista. A neta de Tapajós, Mônica Souza, exalta a determinação do avô com a festa de Momo: “Ele era puro Carnaval, até nos momentos mais difíceis”.
Em ato final, os trios pararam na praça Castro Alves e Armandinho tocou “Ave Maria”, um amigo de Tapajós, Valdemar Sandis Novais fez um discurso, encerrando o cortejo.
O sepultamento do construtor de trios será às 14h, no Jardim da Saudade, em Brotas.


A história
Orlando Tapajós iniciou na história do Carnaval em 1956, quando desfilou pela primeira vez, em Periperi, no subúrbio de Salvador. Seis anos depois, ele começou a produção de trios elétricos.
Em 1972, ele inventou a Caetanave, homenageando o cantor Caetano Veloso, que retornava do exílio em Londres, na Inglaterra. Tapajós ganhou, em 2016, um circuito no Carnaval, de Ondina à Barra.
Fonte: A tarde