Saiba detalhes sobre o primeiro paciente com coronavírus no Brasil

O Ministério da Saúde divulgou, na manhã desta quarta-feira (26), informações detalhadas a respeito do primeiro caso confirmado de Coronavírus (COVID-19) no Brasil. O paciente infectado é um homem de 61 anos, brasileiro, empresário e residente em São Paulo.
O paciente – que não teve o nome divulgado – retornou para São Paulo no dia 21 de fevereiro após uma viagem a trabalho na Itália, onde estava desde o dia 9 fevereiro na região da Lombardia, que vive uma explosão de casos nos últimos três dias.
Segundo a pasta da Saúde, ele apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 23, com febre, tosse, dor de garganta e coriza. O diagnóstico inicial se deu no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, por uma enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. A notificação ao SVS (Secretaria de Vigilância em Saúde) do Ministério da Saúde foi feita às 12h08 desta terça-feira (25).
De acordo com o Ministério da Saúde e as pastas da saúde do município e do Estado de São Paulo, o Hospital Albert Einstein enviou amostra para o laboratório de referência nacional, o Instituto Adolfo Lutz, que fica na mesma cidade. Ali foram feitas a prova e contraprova, ambas com resultado positivo para o novo Coronavírus.
O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (26), que ainda existem 20 casos suspeitos ainda sendo investigados no País. Desde o início da epidemia, 59 outros possíveis infectados tiveram o diagnóstico descartado no Brasil.
TAXA DE MORTALIDADE
A taxa geral de mortalidade da doença é de 2,3% — mas em pessoas com mais de 80 anos chega a 14,8%, de acordo com um estudo realizado pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CCDC).
A pesquisa do CCDC com dezenas de milhares de casos afirma que cerca de 80,9% das novas infecções por coronavírus são classificadas como leves, 13,8% como graves e apenas 4,7% como críticas, o que inclui quadro de insuficiência respiratória, falência múltipla dos órgãos e sepse.
Até agora, portanto, o Covid-19 não é tão mortal quando comparado a outros coronavírus previamente registrados, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).
O risco de morte no caso da Sars, por exemplo, que eclodiu em 2003 e tinha uma taxa de mortalidade de quase 10% — foram contabilizados 8 mil casos, sendo 774 mortes. A da Mers girava em torno de 20% a 40%, dependendo do local.
Já a influenza, vírus da gripe, infecta todos os anos 26 milhões de pessoas apenas nos Estados Unidos (ou 8% da população). Desse total, aproximadamente 14 mil morrem, ou seja, a taxa de mortalidade gira em torno de 0,05%.
Estudos globais sugerem que a taxa de mortalidade por influenza no mundo (e não só nos EUA) é de apenas 0,01%.
Fonte: Yahoo Notícias