Coronavírus: São Paulo tem 87 mortes em 24h e bate recorde de óbitos por Covid-19
O estado de São Paulo chegou a 695 mortes nesta terça-feira (14) em decorrência do novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram registradas 87 novas vítimas fatais, um recorde para o estado desde o inicio da pandemia.
Também são 9.371 casos confirmados do novo coronavírus, 476 a mais, em comparação a segunda-feira. A confirmação das mortes partiu da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.
Além do recorde de mortes em 24 horas, foi registrado também nesta terça o pico de internações de confirmados para Covid-19, com mais de 2 mil pacientes assistidos em hospitais. São 1.111 em leitos de UTI e 1.042 em enfermarias.
A secretaria também divulgou o percentual de uso da capacidade de leitos de UTI em hospitais considerados referência no tratamento da Covid-19. Confira:
- Hospital Sancta Maggiore Higienópolis – 83% da UTI ocupada;
- Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – 77% da UTI ocupada;
- Hospital Municipal do Tatuapé – 77% da UTI ocupada;
- Conjunto Hospitalar do Mandaqui – 76% da UTI ocupada;
- Santa Casa de São Paulo – 71% da UTI ocupada;
Já são 183 cidades com pelo menos um caso e 73 municípios com no mínimo um óbito. Entre as vítimas fatais, estão 409 homens e 286 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 80,7% das mortes.
O Ministério da Saúde atualizou para 1.532 o número de mortes em decorrência do novo coronavírus no Brasil nesta terça-feira (14). Ao todo, também foram confirmados 25.262 casos da Covid-19 no país. No balanço divulgado na segunda-feira (13), o Brasil contabilizava 1.328 mortes e 23.430 casos confirmados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Foram registradas 204 novas mortes nas últimas 24 horas, além de 1.832 casos novos.
DORIA NÃO DESCARTA ENDURECER A QUARENTENA
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não descartou o endurecimento das medidas restritivas caso os índices de isolamento no estado voltem a cair durante a pandemia do novo coronavírus no país.
“Não havendo uma resposta da população, caso os índices de isolamento abaixem, não hesitaremos em adotar medidas restritivas de maior grau se for necessário. Nossa visão é proteger vidas, a proteção da economia virá na sequência”, alertou Doria.
Na segunda-feira (13), o governo havia anunciado um crescimento na taxa de isolamento social, de 47% para 59%. O pico ocorreu neste domingo de Páscoa (12), segundo dados do Simi-SP (Sistema de Monitoramento Inteligente).
O percentual de distanciamento social ideal desejado pelo governo João Doria é de 60%. Os índices de isolamento social são medidos pelo sistema que utiliza a geolocalização dos celulares monitorados pelas quatro principais operadoras de telefonia.
Os novos dados do isolamento social de segunda-feira serão consolidados nesta tarde, segundo Doria, e apresentados na coletiva de quarta-feira (15).
A ameaça do governador por intensificar a quarentena aconteceu durante a coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (14) no Palácio dos Bandeirantes, na qual Doria anunciou a chegada de mais 725 mil testes para a Covid-19.
Doria afirmou que essa é uma primeira parte de um lote que totaliza 1,3 milhão de testes, adquiridos junto à Coreia do Sul por um custo de R$ 85 milhões. Outros 575 mil testes deverão chegar ao estado até o dia 25 de abril, e serão distribuídos para uma rede de testes com 34 laboratórios, todos coordenados pelo Instituto Butantan.
O objetivo do governo é aumentar a capacidade atual de 2 mil testes por dia para 5 mil por dia a partir do dia 24. A partir de 18 de maio, serão 8 mil testes por dia, segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
Fonte: Yahoo Notícias
