Pergunta sobre ‘clima’ de impeachment de Bolsonaro faz Maia encerrar coletiva

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a coletiva de imprensa que concedia ao ser perguntado sobre um possível processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O deputado foi questionado se concordava com a avaliação que dois fatores brecariam um avanço dos pedidos de impeachment: a reaproximação do governo com aliados dos partidos que compõem o chamado “Centrão”; e o isolamento social, que impediria os parlamentares de medir a vontade popular através de passeatas e manifestações, uma vez que aglomerações estão proibidas.
Ao fim da pergunta, Maia apenas agradeceu e deu às costas aos jornalistas, sem responder se também compartilhava da leitura desse cenário político em que Bolsonaro está.
Antes, Maia já havia se manifestado sobre o impedimento do presidente. Ele defendeu que o momento exige “paciência” e garantiu que a Câmara manterá seu foco no debate e votações de propostas de enfrentamento da crise.
TRÊS NOVOS PEDIDOS
Desde a última sexta-feira (24), quando o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro anunciou sua demissão e acusou o presidente de interferir politicamente na Polícia Federal, a Câmara já recebeu três novos pedidos de impeachment.
Ele é acusado de ter cometido crimes de responsabilidade previstos na Constituição Federal e na Lei do Impeachment.
Além desses três, Maia já tinha “em cima de sua mesa” outros 27 pedidos de saída de Bolsonaro. Sete deles, por exemplo, têm relação com a participação do presidente em manifestações que defendem a retomada da atividade econômica em todo o País durante a pandemia de Covid-19. Bolsonaro é acusado de minimizar a exposição da população ao novo coronavírus, causador da Covid-19.
Fonte: Yahoo Notícias