STF pode determinar busca e apreensão de vídeo no Planalto

Termina no fim desta sexta-feira (8) o prazo para que o governo federal entregue ao Supremo Tribunal Federal o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, citado pelo ex-ministro Sérgio Moro em seu depoimento à Polícia Federal no sábado (2), como prova da tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal
Caso a Advocacia-Geral da União (AGU) não entregue o material, o STF pode determinar busca e apreensão pela Polícia Federal no Palácio do Planalto, se preciso, com a apreensão de computadores, pen drives e fitas de vídeo.
Dois pedidos da AGU tentam suspender a entrega da gravação ou enviar à Corte um vídeo editado. O argumento é que o encontro tratou de “assuntos potencialmente sensíveis e reservados de Estado, inclusive de Relações Exteriores”.
As motivações do governo para evitar a divulgação do vídeo são várias e incluem uma fala do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Depois de comentar medidas tomadas pelo STF que desagradaram o governo, o ministro disse que a Corte era composta por 11 “filhos da puta”.
DEPOIMENTOS
Já estão marcados também os depoimentos das testemunhas do processo.
Os ministros general Heleno (Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Governo) e Braga Netto (Casa Civil) devem prestar esclarecimentos neste fim de semana.
Já a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) tem que comparecer na próxima quarta-feira (13), na Polícia Federal, em Brasília, para esclarecer a respeito das mensagens divulgadas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, quando ela pede a ele que fique no governo supostamente em troca de uma vaga como ministro do STF.
Zambelli adiantou que “não tem nada a esconder”. “Está claro para todos que minha intenção sempre foi buscar a pacificação de qualquer conflito e que, em momento algum, tentei oferecer um cargo ao ex-ministro, até porque não tenho qualquer prerrogativa para fazê-lo”.
Fonte: Yahoo Notícias