Internado em São Paulo, Bolsonaro chama Renan, Omar e Randolfe de ‘otários’ no Twitter

Internado em um hospital particular de São Paulo para tratar uma obstrução intestinal, o presidente Jair Bolsonaro não abandonou a postura combativa à CPI da Covid nas redes sociais. Na tarde desta quinta-feira, a conta oficial do chefe do Executivo publicou uma série de postagens colocando em cheque a versão apresentada por Cristiano Carvalho, representante da Davati Medical Supply no Brasil, e chamou os senadores Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) , vice-presidente, e Renan Calheiros (MDB-AL), relator, de “otários”.

“Segundo Cristiano a Davati nunca pagou despesas do Dominghetti nem a própria. Cristiano diz ainda que até sua passagem aérea para Brasília a pagou com milhas próprias (quanta “honestidade”). Um “negócio” bilionário onde o Cristiano para “sobreviver” usa do artifício de se beneficiar do Auxílio Emergencial (sacou e não devolveu R$ 4.100,00 em 2020)”, escreveu o presidente na rede social.

Jair Bolsonaro finalizou a série de tuítes com o ataque direto ao G7 – apelido do grupo de senadores independentes e oposicionistas na CPI da Covid -, e afirmou que as suspeitas de corrupção no Ministério da Saúde não são reais, pois as compras não foram efetivadas. Bolsonaro chamou a comissão de “circo” e disse que “Renan, Omar e Saltitante estão mais para três otários que três patetas”. Saltitante é o apelido dado pelo presidente da República ao senador Randolfe Rodrigues.

Enquanto ainda estava internado no Hospital das Forças Armadas (HFA), na tarde desta quarta-feira, em Brasília, a conta oficial do presidente Jair Bolsonaro também fez uma série de postagens nas redes sociais agradecendo o apoio recebido desde que foi internado com dores abdominais, e lembrando a facada da qual foi vítima na campanha eleitoral de 2018.

O presidente já admitiu que seu filho Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio e responsável pela estratégia digital durante a campanha eleitoral de 2018, possui a senha de sua conta no Twitter. Carlos foi o único filho que acompanhou a transferência do chefe do Executivo para São Paulo.

O empresário Cristiano Carvalho, representante da Davati Medical Supply no Brasil, disse nesta quinta-feira à CPI da Covid, que foi procurado pelo ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, que insistiu em buscar contato para a compra da vacina. A empresa, com sede nos Estados Unidos e que diz representar a AstraZeneca, está envolvida em suposto caso de propina para a compra de 400 milhões de doses da vacina contra Covid-19 ao governo brasileiro.

Questionado se tinha despesas pagas pela Davati durante o período de negociação, Carvalho respondeu aos senadores que não recebia nada da empresa americana. Mais cedo, ele confirmou que recebeu auxílio emergencial do governo no ano passado e justificou que “uma colega” o inscreveu no programa do governo porque viu que ele estava “passando dificuldade”. Segundo o empresário, suas viagens para Brasília foram pagas com milhas que havia acumulado no passado.

Fonte: Yahoo Notícias

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