Após reunião com Alcolumbre, Lula adia indicação de Jorge Messias para o STF

Ministros esperam que o anúncio aconteça após a volta de Lula ao Brasil, no dia 28 de outubro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou a indicação do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) após reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O encontro aconteceu na noite desta segunda-feira (20), no Palácio da Alvorada, em Brasília. 

O jornalismo do Grupo Bandeirantes apurou que o presidente do Senado insistiu no nome do senador Rodrigo Pacheco, dizendo que ele “tem a densidade política que o momento exige”.

Lula ficou de pensar, até, segundo auxiliares, para “não desrespeitar o presidente do Senado”. Diante disso, ministros esperam que o anúncio aconteça após a volta ao Brasil, no dia 28 de outubro. 

No Planalto, a avaliação é que se trata de “um anúncio apenas pró-forma”, e que Jorge Messias segue como favorito para a indicação.

Quem é Jorge Messias

Jorge Messias é procurador da Fazenda Nacional desde 2007. Já foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação e consultor jurídico dos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Ele é graduado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife (UFPE) e mestre e doutor pela Universidade de Brasília (UnB).

Messias tem 45 anos e fez carreira ligada ao PT e, dentro do governo, é visto como hábil conhecedor das leis e do mundo jurídico. Ele é advogado-geral da União desde 2023, quando o presidente iniciou o novo mandato. Desde então, tem atuação considerada sólida na defesa dos interesses do governo junto à Justiça.

Messias ficou “famoso” em 2015, quando era subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República. Sérgio Moro, ainda atuando como juiz da Lava Jato, divulgou uma conversa da presidente Dilma Rousseff com Lula, em que a qualidade do áudio faz parecer que ele era chamado de “Bessias”.

A escolha de Messias representaria um aceno do presidente à ala jurídica mais alinhada ao governo. Messias é evangélico e isso também é visto como ponto favorável para sua indicação.

Fonte: Band.com.br

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