O que está acontecendo no Rio de Janeiro? Entenda a operação que parou o RJ

Além de aparato tecnológico, como drones, a Operação Contenção conta com dois helicópteros, 32 blindados terrestres e 12 veículos de demolição
Uma megaoperação com 2,5 mil policiais civis e militares é realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28). A ação, chamada Operação Contenção, tem o objetivo de combater a expansão territorial do Comando Vermelho.
Pelo menos 60 suspeitos foram mortos durante a ação, além de quatro policiais civis morreram durante a megaoperação realizada nesta terça-feira (28).
Desde as primeiras horas da manhã, moradores relatam intensos tiroteios. Criminosos incendiaram barricadas em diferentes acessos às comunidades, dificultando a entrada das forças de segurança.



Além de aparato tecnológico, como drones, a Operação Contenção conta com dois helicópteros, 32 blindados terrestres e 12 veículos de demolição do Núcleo de Apoio às Operações Especiais da PM, além de ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate.

Devido à operação, 49 escolas municipais foram fechadas – 32 no Complexo do Alemão e 17 na Penha – afetando o funcionamento das unidades e o atendimento a milhares de alunos. Além disso, 12 linhas de ônibus foram desviadas nos dois complexos, impactando o transporte público local.
Em entrevista de imprensa, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, confirmou que Belão do Quitungo foi preso durante a megaoperação.
Entrevista com Cláudio Castro
Após a megaoperação que deixou um rastro de violência e mortes no Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro, em entrevista exclusiva ao “Brasil Urgente”, justificou a ausência de apoio do governo federal na ação e fez duras críticas à postura da União em relação à segurança pública. Segundo Castro, pedidos de auxílio anteriores foram negados, o que levou o estado a agir por conta própria.
O governador aproveitou para fazer uma crítica mais ampla, afirmando que a segurança pública não é tratada como prioridade pelo governo federal. “A gente não enxerga isso como prioridade do governo federal”, disparou. Embora tenha elogiado ações pontuais da Polícia Federal, como o fechamento de uma fábrica de fuzis, ele criticou a falta de eficácia no controle de fronteiras e na lavagem de dinheiro, fatores que, segundo ele, permitem que as facções criminosas acumulem um “poder bélico e financeiro incalculável”.
Mapa da Guerra
Em meio à caótica operação policial que deixou o Rio de Janeiro em estado de alerta, o programa “Brasil Urgente” apresentou uma verdadeira radiografia do crime na região metropolitana. Utilizando um mapa detalhado que colore as áreas de influência de cada facção, os jornalistas Joel Datena e Rodolfo Schneider explicaram a complexa teia de poder que levou ao confronto e por que o Complexo da Penha se tornou um alvo tão crucial.
O mapa choca pela dimensão do domínio territorial. Com a cor vermelha, o Comando Vermelho (CV) aparece como a facção predominante, com uma mancha quase contínua de poder que se estende por vastas áreas da capital, da Baixada Fluminense e, de forma avassaladora, em Niterói e São Gonçalo, do outro lado da Baía de Guanabara.
Fonte: Band



