Trump minimiza alerta ao espaço aéreo da Venezuela: “Não tirem conclusões”

Presidente dos EUA confirmou que conversou por telefone com ditador venezuelano Nicolás Maduro, mas se recusou a dar detalhes sobre o que foi discutido
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou seu alerta de que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado fechado e indicou que não há um ataque aéreo iminente contra o país latino-americano.
Falando à imprensa a bordo do Air Force One, neste domingo (30), Trump foi questionado por uma repórter: “Seu alerta significa que um ataque aéreo é iminente ou não devemos interpretá-lo dessa forma?”
“Não tirem conclusões disso”, respondeu o presidente.
No sábado (29), ele publicou nas redes sociais que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado “totalmente fechado”.
Em uma publicação na rede Truth Social, o presidente afirmou: “A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas, considerem o FECHAMENTO TOTAL DO ESPAÇO AÉREO SOBRE E AO REDOR DA VENEZUELA.”
Questionado neste domingo pela imprensa durante viagem de volta a Washington, Trump disse que o espaço aéreo deveria ser considerado fechado “porque consideramos a Venezuela um país nada amigável”.
“Eles enviaram milhões de pessoas, provavelmente um número ainda maior. E muitas dessas pessoas não deveriam estar em nosso país, vindas de prisões, gangues, traficantes de drogas, todas essas pessoas que entraram em nosso país causando tantos problemas e drogas”, acrescentou.
O presidente americano também confirmou que teve uma conversa telefônica com o ditador venezuelano Nicolás Maduro, mas não quis dar detalhes sobre o que foi discutido.
“Não quero comentar sobre isso. A resposta é sim”, disse. “Não diria que foi bem ou mal. Foi uma ligação telefônica”, completou.
O New York Times e o Wall Street Journal noticiaram que Trump e Maduro conversaram por telefone no início deste mês.
EUA querem tomar nosso petróleo pela força, denuncia Venezuela à OPEP
A Venezuela acusou os Estados Unidos de tentarem se apoderar das reservas de petróleo do país por meio da força militar, segundo uma carta enviada pelo presidente Nicolás Maduro ao secretário-geral da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e aos países membros da OPEP e da OPEP+.
A carta, que foi tornada pública pela autoridade venezuelana Delcy Rodríguez durante uma reunião virtual da OPEP, afirma que tal ato teria repercussões significativas no mercado global de energia.
“Os Estados Unidos pretendem se apoderar das vastas reservas de petróleo do nosso país, as maiores do mundo, através do uso da força militar, o que afetaria seriamente o equilíbrio do mercado global de energia”, afirma o texto.
No documento, Maduro afirma que o presidente americano Donald Trump “vem executando uma campanha de assédio e ameaça contra a Venezuela” desde agosto e coloca “em claro perigo a paz, a segurança e a estabilidade regional e internacional”.
“O mundo conhece muito bem as consequências prejudiciais geradas em outros países petroleiros a partir de intervenções militares dos Estados Unidos da América e seus aliados”, escreveu o ditador.
A carta enfatizou o compromisso da Venezuela em defender seus recursos naturais e manter sua soberania.
Fonte: CNN Brasil



