Goleiro Bruno fala sobre filho com Eliza Samudio: ‘Temos que saber o resultado do DNA’

O goleiro Bruno falou sobre o filho que teve com a modelo Eliza Samudio, que foi assassinada a mando dele em 2010. O menino chamado Bruninho, de 10 anos, vive com a avó em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e revelou recentemente numa entrevista que o atleta, que foi condenado pelo homicídio e cumpre pena em regime semiaberto, deveria ficar “em prisão perpétua”. Em um post feito no Instagram, Bruno afirmou que espera o resultado do DNA para saber se o menino é mesmo seu filho.

“Primeiro temos que saber do resultado do DNA, se for comprovado com certeza terá muitas fotos com ele”, respondeu o goleiro, num comentário de um post com a foto da filha caçula, que teve com a atual mulher.

Em entrevista ao site ContilNet, Bruninho disse, através de um áudio enviado pela avó, que o pai não deveria estar solto.

.“No mínimo, ele deveria ficar em prisão perpétua, porque eu acho uma sacanagem tirar a vida de um ser humano. Não existe nenhum motivo que explique isso. Nenhum. Infelizmente ele é uma ameaça para a sociedade, e eu me sinto muito ameaçado com isso”, desabafou o menino.

 Condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio, além do sequestro e cárcere privado do filho que teve com a modelo, Bruno obteve a progressão de pena e está em regime semiaberto desde julho de 2019. O atleta foi apresentado, no início deste mês, como novo goleiro do Rio Branco Futebol Clube e já treina com o elenco. O contrato é de seis meses e prevê a disputa da série D do Brasileirão, da Copa Verde e do Campeonato Acreano.

Desde que obteve a progressão de pena, Bruno já chegou a ser anunciado por outros clubes que, diante da repercussão negativa e da consequente pressão de patrocinadores, desistiram de sua contratação. É o caso de Poços de Caldas (MG), Operário (MT), Fluminense de Feira (BA) e Barbalha (CE). O goleiro chegou a atuar em cinco partidas pelo Boa Esporte (MG) em 2017, mas o Supremo Tribunal Federal revogou seu habeas corpus e ele voltou à prisão.

No Rio Branco, o goleiro chegou sem alarde, mas foi tietado por alguns torcedores do Flamengo no aeroporto. As redes sociais do clube foram tomadas principalmente de críticas, mas houve comentários elogiando e defendendo Bruno.

Uma rede de supermercados, até então o único patrocinador do clube na temporada, anunciou no fim do mês passado a suspensão do contrato em virtude da inclusão de Bruno e disse que não tem participação nas decisões do clube. Segundo a diretoria do Rio Branco, o apoio era restrito à alimentação dos times de base. O dono da rede, Adem Araújo, garantiu que o vínculo não foi encerrado e defendeu o goleiro.

“Suspensão, que não será definitiva. O presidente (Valdemar) Neto é um amigo e tem meu respeito. Não vejo motivo para tanta repercussão negativa. É um ser humano que merece uma segunda chance como qualquer outro, mas infelizmente, como nós somos comerciantes, a gente não pode ir contra a opinião pública”, disse, em entrevista ao GE.

Relembre o caso

Eliza tinha 25 anos e teve um filho com o atleta, após se relacionarem em 2009. Depois de conflitos por conta da gravidez e pedidos para que ela fizesse um aborto, Bruno foi denunciado por ela à polícia por agressão.

No episódio relatado por Eliza, Bruno teria obrigado-a a tomar pílulas abortivas e, depois, agredido-a com tapas, enquanto amigos do goleiro que estavam portando armas ajudaram na ação. Ela estava grávida de cinco meses na ocasião. Em junho de 2010, Eliza foi vítima de cárcere privado, estrangulamento e esquartejamento no sítio de Bruno em Minas Gerais. Em depoimento, o goleiro relatou que seus restos mortais foram jogados para cachorros.

Bruno foi condenado a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado de Bruninho e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. Esta última pena, porém, foi extinta após a Justiça entender que o crime prescreveu.

Fonte: Yahoo Notícias

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