PGR pediu prisão preventiva de Witzel, mas ministro do STJ autorizou apenas afastamento

A existência de graves crimes envolvendo Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro, motivou o afastamento do governador, conforme aponta a Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com a TV Globo, o órgão solicitou a prisão preventiva ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro Benedito Gonçalves, porém, autorizou apenas o afastamento por 180 dias de Witzel do cargo.

No pedido, revelado pelo O Globo, a PGR classificou ações de Witzel como “totalmente incompatíveis com o comportamento exigível de um agente político no exercício de um cargo de tamanha relevância em nossa democracia, principalmente em situações de extremo sofrimento para a sociedade como a pandemia da Covid-19”.

O órgão cita ainda uma “ânsia criminosa” para justificar o pedido de prisão preventiva de Witzel. “Nem mesmo o caos social gerado pelo referido vírus foi suficiente para fazer cessar a ânsia criminosa do governador e da organização criminosa por ele liderada”.

Para a PGR, Witzel montou uma organização criminosa no governo do Rio de Janeiro semelhante ao esquema de corrupção de seus antecessores no cargo: Sergio Cabral e Luiz Fernando Pezão, que também foram presos. Entenda os detalhes da investigação.

Pastor Everaldo é preso

Pastor Everaldo é preso na manhã desta sexta-feira (28) – Foto: Reprodução/TV Globo

Agentes da Polícia Federal estão nas ruas para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra agentes públicos, políticos e empresários envolvidos no esquema de desvios na saúde liderado pelo governador Wilson Witzel (PSC-RJ), segundo a acusação, em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro do grupo liderado pelo governador.

Entre os alvos de prisão está o presidente do PSC, Pastor Everaldo, já preso, o advogado Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Witzel, e o médico e ex-prefeito de Volta Redonda Gothardo Lopes Netto.

Com mais de 30 anos de atuação nos bastidores da política nacional, o Pastor Everaldo aprendeu a se movimentar entre partidos de direita e esquerda com desenvoltura, principalmente no Rio, seu domicílio eleitoral, onde transitou pelos governos de Leonel Brizola, Benedita da Silva, Anthony Garotinho e Sérgio Cabral. Foi colado no ex-deputado Eduardo Cunha e o partido do qual é presidente, o mesmo PSC de Witzel, abrigou por anos a família de Jair Bolsonaro (sem partido).

Fonte: Yahoo Notícias

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