Vereador que denunciou possíveis irregularidades na EJA em Cipó-BA, pede proteção após ter casa atacada à bombas

Caso está sendo comunicado às autoridades federais com pedido de proteção à família do parlamentar da oposição cipoense.

Na madrugada do dia 1º de maio de 2025, por volta das 00h41, a residência do vereador Denis Fonseca Soares de Farias, situada na 2ª Travessa Marcelino Dantas, no centro de Cipó (BA), foi alvo de um violento ataque com artefatos explosivos. O fato foi registrado em Boletim de Ocorrência na Delegacia Territorial do município no dia 5 de maio, e já está sendo formalmente comunicado a autoridades federais.

De acordo com o relato prestado pelo vereador, ele, sua esposa e filha foram despertados por uma forte explosão, seguida de outra ainda mais próxima. Imagens das câmeras de segurança de sua residência revelaram um indivíduo não identificado, vestindo roupa preta de motoqueiro, arremessando quatro bombas para o interior do imóvel, a partir de uma motocicleta Honda Pop 110i branca. O autor fugiu do local em seguida, antes da chegada da Polícia Militar.



O que torna o caso ainda mais grave é o contexto em que se deu o atentado: dias após o Tribunal de Contas da União (TCU) reconhecer a procedência de denúncia protocolada pelo mandato do vereador Denis Farias. A denúncia aponta supostas irregularidades na aplicação de recursos do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no município de Cipó, geridos pela Prefeitura local. A decisão do TCU marca um avanço no controle social e na fiscalização orçamentária exercida pelo parlamentar, o que levanta suspeitas de que o ataque tenha motivação política.

O vereador, que integra a oposição ao governo municipal, solicitou formalmente medidas de proteção para si e sua família, dada a escalada de violência e intimidação sofrida após o avanço das apurações sobre a gestão dos recursos públicos.

Organizações de defesa dos direitos humanos, autoridades do Ministério Público, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e parlamentares federais estão sendo acionados para acompanhar o caso. A sociedade cipoense aguarda providências das autoridades competentes para que o atentado não fique impune e que o exercício da função pública parlamentar seja respeitado e protegido.

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