Mesmo tido como derrota do governo, Bolsonaro celebra Fundeb

Após a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) para prorrogar o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que foi aprovada pela Câmara dos Deputados na terça-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comemorou o resultado. 

“Transformamos o Fundeb em permanente, aumentamos os recursos e o colocamos na Constituição”, afirmou em uma rede social, elencando seus motivos. O texto segue agora para o Senado, que quer votá-lo ainda este mês.

Acontece que o resultado, considerado histórico para os educadores, foi tido como uma derrota do governo. Isso porque Bolsonaro e grande parte de seus aliados foram contra a aprovação da proposta e tentaram travar o projeto em determinados momentos.

No primeiro turno, foram 499 votos a favor e 7 contra. Os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF), Chris Tonietto (PSL-RJ), Filpe Barros (PSL-PR), Junio Amaral (PSL-MG), Luiz Philippe (PSL-RJ), Marcio Labre (PSL-RJ) e Paulo Martins (PSC-PR) foram os únicos votos contrários. Todos são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

No segundo turno, no entanto, Luiz Philippe (PSL-RJ) mudou de ideia e votou a favor. Já Marcio Labre (PSL-RJ) se absteve. Já do deputado Zacharias Calil (DEM-GO) que havia apoiado na primeira fase, votou contra. O placar ficou em 492 votos a favor do texto e 6 contra.

O Fundeb foi criado em 2007 e expirava no fim deste ano, mas o governo Bolsonaro se recusou a discutir a prorrogação até a véspera da votação, o que chegou a colocar o mecanismo em risco.

O governo queria destinar recursos do fundo ao Renda Brasil, que ainda está sendo desenhado pela equipe econômica para substituir o Bolsa Família. Se assim fosse, a ideia poderia driblar o teto dos gastos federais e ainda limitar o gasto com salário de professores.

Na prática, as escolas ficariam sem dinheiro. Para Bolsonaro, o ideal seria que o Fundeb voltasse apenas em 2022.

O texto, que agora está com o Senado, prevê aumentar a quantidade de recursos que a União passa a depositar no fundo. Segundo documento, o novo formato diminui a desigualdade, destinando mais dinheiro aos municípios mais pobres.

Com as mudanças, 17 milhões de alunos a mais serão beneficiados no Brasil, por meio de recursos para a escolas em que estudam.

Fonte: Yahoo Notícias

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