‘Não tem como evitar morte’, diz Bolsonaro sobre coronavírus

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que “não tem como evitar” mortes causadas pelo novo coronavírus. Segundo Bolsonaro, a única maneira de não se infectar é viver isolado da sociedade. O Brasil já registrou mais de 83 mil mortes pelo coronavírus, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa.

A declaração foi feita durante conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada. Bolsonaro reclamou dos que criticam “qualquer negocinho” feito pelo governo, e citou a Argentina, em referência a críticas feitas contra o ex-presidente Maurício Macri que, na visão dele, levaram ao retorno do kirchnerismo. O presidente ironizou e disse que agora o país vizinho está uma “maravilha”.

— Muito coisa errada vem acontecendo há muito tempo. Não dá para a gente resolver de uma hora para outra. Qualquer negocinho o pessoal costuma criticar e atirar. Argentina estava assim. Voltou agora para o… Está uma maravilha agora a Argentina, né? Está uma boa lá. Uma maravilha.

Nesse momento, um apoiador citou que a Argentina bateu recordes de óbitos pelo coronavírus — no total, o país tem 2.588 vítimas da doença. Nesse momento, Bolsonaro disse que “isso não tem nada a ver” e que “mais cedo ou mais tarde” todos vão pegar o vírus.

— Isso não tem nada a ver. A questão da pandemia não existe como evitar, a não ser ficar isolado em um canto aí. Fora isso, quem está vivendo em sociedade, mais cedo ou mais tarde vai pegar. Não tem como evitar morte no tocante a isso. No Brasil, ninguém morreu, pelo que eu tenho conhecimento, por falta de atendimento médico. Todos os recursos o governo passou para estados e municípios.

O presidente também criticou os que defendem uma ampliação das medidas de isolamento até 2022, dizendo que isso iria “empobrecer todo mundo”;

— Alguns estão falando que isso vai durar até 2022, imagina? Vai empobrecer todo mundo. Se continuar com essa política que está aí, empobrece todo mundo.

Bolsonaro já minimizou antes as mortes do coronavírus. Em uma ocasião, em abril, disse que não era “coveiro”. Dias depois, questionou “e daí?” ao ser perguntado sobre o número de mortes e afirmou que não poderia fazer milagres. Em junho, quando um apoiadora pediu uma “palavra de conforto” para os “enlutados”, o presidente disse que a morte “é o destino de todo mundo”.

Fonte: Yahoo Notícias

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