Policiais são suspeitos de forjarem prisão só para aparecerem na televisão

No dia 1º de abril, o capitão da Polícia Militar André Silva Rosa deu uma entrevista à TV Record para falar sobre a prisão de um suspeito de ter estuprado e matado uma mulher de 24 horas. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a suspeita é de que os policiais tenham prendido um morador de rua sem qualquer envolvimento com o caso apenas para aparecer na televisão.

Na ocasião, o capitão da PM afirmou que outra vítima de estupro, que havia sido violentada pelo mesmo homem, testemunhou e o reconheceu. O caso aconteceu na zona lesta de São Paulo.

No entanto, a suspeita é de que a prisão de Clayton Silva Paulino, morador de rua de 34 anos, tenha sido forjada. Segundo a Folha, a mulher disse que foi pressionada por policiais militares para acusar o preso. A justificativa era de que esse “era o certo” e que o homem deveria ser “punido”.

Em maio, equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) chegaram ao verdadeiro suspeito do assassinato de Francisca Amanda. Foi então que a outra vítima voltou atrás e explicou porque mentiu. Então, as suspeitas de que os policiais tinham mentido ficaram ainda mais fortes.

A Folha ainda revelou que há um documento na Justiça de São Paulo que determina a abertura de uma investigação por parte da Corregedoria da PM, além da soltura do homem preso de forma injusta. Consta que policiais orientaram a vítima a mencionar uma tatuagem que Clayton tinha no braço, além de um boné que ele estaria usando no dia do crime – que ele não cometeu.

O morador de rua foi solto no dia 18 de maio.

A TV Record disse ao jornal que apenas veiculou informações oficiais. À Folha, a SSP disse que, depois de receber documentos sobre o caso, foi instaurado um inquérito para apurar as circunstâncias.

Fonte: Yahoo Notícias

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo