Governo e cúpula do Congresso trabalham juntos em alternativa ao IOF
Ministro da Fazenda elogia presidentes da Câmara e do Senado, enquanto lideranças se reúnem para discutir medidas compensatórias
O governo federal e a cúpula do Congresso Nacional estão empenhados em encontrar uma solução para a polêmica envolvendo o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), informa a analista de Política da CNN Jussara Soares.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elogiou os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, destacando suas contribuições para o debate sobre o tema.
O afago do ministro Haddad aos líderes do Legislativo segue a linha do discurso feito pelo presidente Lula durante o congresso do PSB no último domingo. Lula havia elogiado Hugo Motta, chamando-o de “novidade na política” e “renovação”, em um gesto estratégico para amenizar as tensões.
Pressão do Congresso e busca por alternativas
Na semana passada, Hugo Motta havia dado um ultimato ao governo, concedendo 10 dias para a apresentação de uma alternativa à alta do IOF. Caso contrário, ameaçou colocar em votação projetos de decreto legislativo que poderiam derrubar os decretos presidenciais que aumentaram o imposto.
Em resposta à pressão, o governo intensificou as negociações. Fernando Haddad se reuniu com Davi Alcolumbre e Hugo Motta, e posteriormente, uma reunião foi realizada na residência oficial da Câmara dos Deputados, contando com a presença de líderes e da ministra Simone Tebet.
Estratégias em discussão
As discussões têm como objetivo encontrar medidas que possam compensar a alta do IOF, seja parcial ou integralmente. Além disso, o governo se comprometeu a anunciar medidas estruturantes, atendendo a uma demanda feita pelos parlamentares na semana anterior.
A urgência das negociações é evidenciada pela menção do ministro Haddad à viagem programada do presidente Lula, indicando que uma solução deve ser alcançada rapidamente. O episódio demonstra a delicada articulação política necessária para equilibrar as demandas do Congresso com as necessidades fiscais do governo.
Fonte: CNN Brasil
