Champinha faz agente de saúde refém e lidera rebelião na Fundação Casa
Reivindicando mais direitos e comodidade, um grupo de três detentos liderado por Roberto Aparecido Alves Cardoso – o Champinha – iniciou uma rebelião e se trancou na enfermaria da Unidade Experimental de Saúde, localizada dentro da Fundação Casa, na zona norte de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (4).
Durante a rebelião, Champinha fez um enfermeiro refém, ameaçando-o com um espeto. A SES-SP (Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo) afirmou, em nota, que a rebelião foi controlada em menos de meia hora. O agente de saúde foi resgatado sem nenhum dano à saúde.
Champinha foi preso em 2003, após sequestrar e matar o casal Liana Friedenbach (que na época tinha 16 anos) e Felipe Caffé (que tinha 19). O detento e os comparsas abusaram sexualmente de Liana. Por ser menor de idade, Champinha foi encaminhado para a Fundação Casa, onde poderia permanecer por até três meses.
No entanto, ao fim desse período, o Ministério Público o considerou incapaz de viver em sociedade em decorrência de distúrbios mentais, e pediu sua interdição civil.
A Justiça acatou o pedido e Champinha foi encaminhado para uma unidade experimental de saúde exclusiva para detentos com transtornos psicológicos, que fica dentro da Fundação Casa.
A SES-SP declara que o atendimentos multidisciplinares aos detentos continuam sem qualquer anormalidade, e explica que não pode divulgar detalhes sobre a situação dos internos porque as informações estão sob sigilo de Justiça.
O desfecho da rebelião liderada por Champinha foi comemorada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nas redes sociais. “Parabéns a Polícia de SP que controlou com êxito uma rebelião liderada pelo assassino “Champinha”, em uma Unidade Experimental de Saúde Estadual. Defendo o fim da maioridade penal para crimes hediondos e que criminosos como ele sejam enviados para cadeia, sem qualquer benefício”, tuitou Doria.
Fonte: Yahoo Notícias